SONETO DO AMOR À LUZ DO TEMPO

Quando do amor, querida, sai poesia
Mesmo do mais singelo movimento
De cuja luz transborda um sentimento
Para tornar-lhe quente a cama fria

É que se ver na espuma o nascimento
De Vênus e o vislumbre da alegria
Vista no olhar infante que faria
Fugir qualquer que seja o sofrimento.

Mas se do amor surge uma canção
Transcendendo da vida em harmonia
Que os acordes palpitam nostalgia

Para um descompasso de emoção
Tem-se escrito o óbito que se leu
Daquele amor puro que morreu.


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