Quando,
menina, a luz do sol te assiste
E teu
belo olhar límpido e discreto
Volta-se
para mim tão cheio de afeto
Vejo
o quanto meu ser ainda é triste.
Epicuro
disse algo muito certo
Quando
em um desejo se insiste
A
amargura no peito assim persiste
É estar
perdido meio a um deserto.
Inda
que de teus olhos eu tivesse
Pelo
menos, menina, a intensa luz
Ou a
lira que teu riso me traduz
Seria
como se eu jamais pudesse
Viver
e despertar dessa saudade
Dos bons tempos de minha mocidade.